A Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolou ontem (25) um pedido para abertura de investigação contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O inquérito foi instaurado nesta segunda-feira (26) e está sob relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que decretou sigilo sobre o andamento das apurações.
No documento, a PGR também requer o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai do deputado. A Procuradoria aponta que Eduardo Bolsonaro teria divulgado, de forma ampla, que viajou aos Estados Unidos para buscar sanções contra integrantes do STF, da PGR e da Polícia Federal (PF).
“A conduta revela um manifesto de tom intimidatório direcionado aos agentes públicos”, afirma o texto, assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A abertura do inquérito foi autorizada pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. A relatoria coube a Alexandre de Moraes, responsável por centralizar investigações relacionadas a atos antidemocráticos, incluindo o inquérito dos ataques ocorridos em 8 de janeiro.
Após a divulgação da denúncia, Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo em sua conta na rede social X, no qual critica a notícia. Ele afirmou que “a esquerda passou anos viajando o mundo para falar mal da Justiça brasileira” e acrescentou que “Moraes, Lula e o PT não defendem a democracia, defendem apenas os próprios interesses”.